sábado, 30 de junho de 2012

O exemplo das árvores

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Seja qual for o destino
do voo das tuas mãos
lembra-te
e pensa maduramente
no exemplo das árvores.


(Recuperado do Blogue Vermelho Cor de Alface)

Anónimos

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Lembra-te das abelhas,
do seu voo de cera e açúcar,
que terçam dardos
se o perigo se aproxima.

Em nome do sol que protegem
desconhecem a indiferença.
Nunca se relembra o seu nome...

(recuperado do Blogue Vermelho Cor de Alface)


Sem nome

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Esta árvore
bebe a seiva do egoismo
porque enraizada em terra chula.

Terra podre
onde nada mais nascerá
apenas resistirão ramos retorcidos
onde poisam necrófagos.



(Recuperado do Blogue Vermelho Cor de Alface)

Sentimento

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O muito que sinto não tem imagem
nem forma mas tem peso
agrilhoa-me o peito
incomoda-me mesmo
quase sempre magoa.


(Recuperado do Blogue Vermelho Cor de Alface)

Lamento


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És incapaz de me escutar
e de olhar por mim
mesmo que o teu corpo ainda amanheça
ou que no meu,
ainda esvoassem gaivotas
aturdidas pela espuma branca das ondas.

Tens a certeza de todo o meu amor!

E é nesse limbo que ficarei
apesar dos gritos das entranhas
apesar de toda a tua indiferença.


(Recuperado do Blogue Vermelho Cor de Alface)

O beijo

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O meu amor deu-me um beijo
e nasceu um rio de madrugadas
que desaguaram sobre o peito.

Um renascer
em que se adormece ao sol do sonho
deitados de costas no chão
respirando o hálito fesco da terra ainda húmida.

Bendito campo
pobre de terra mas cheio de vida
que acena aos pássaros com as suas mãos de espiga
e agradece às raizes o dom da seiva.

Hoje,
os rios libertam as sereias
e o seu canto de harpa mágica
e as colinas rasgam o céu
com a força desmedida da terra-mãe.

O meu amor está em festa
cumpre-se a vida na colmeia
renasce o sol
e quere-se a lua.

(Recuperado do Blogue Vermelho Cor de Alface) 

Ausência

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Nasce a saudade no abrir dos braços
e a ave da angústia que esvoaça no vazio
faz o ninho no meio do peito.

A tua ausência é uma planta de cacto.
Perene,
trespassa-me em tropismos que dilaceram. 


(Recuperado do Blogue Vermelho Cor de Alface)

Re(a)cordar

MasahisaFukase4.jpg (640×416)

Ao anoitecer,
quando os homens, como os pássaros,
se despenham nas suas árvores
o cheiro primaveril das flores roxas,
aponta para uma outra vereda.

Um de novo encher o peito,
um recobrar primário dos sentidos
poluídos nos caminhos entre os espelhos,
entre as mãos e os olhos
e pelo esquadrinhar dos desejos.

Só depois,
o submergir no mar do sono,
numa calma sem fantasmas.  


(Recuperado do Blogue Vermelho Cor de Alface)

A escultura - três sextilhas

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Com um cinzel de esperança
nas mãos fortes da lembrança
tento a escultura suprema.
Entre os dedos corre-me o tempo
pelo coração um vento
da verdade que me algema.


Bebo a água que purifica
a mente que ainda acredita
num princípio criador.
Não falo de Deus mas de Luz
esse foco que me conduz
dentro da palavra Amor.


Eis que uma obra plena
em pedra feita poema
surje entre sins e nãos;
é bem humana a figura
mudando em branda a pedra dura
com um coração entre as mãos.

Certeza

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Até amanhã !
Tenho a certeza de que estarás comigo.
Mesmo que desaparecesses, hoje, ao fim do dia,
amanhã estarias comigo, dentro de mim.



(Recuperado do Blogue Vermelho Cor de Alface)

Frente a um cavalete transparente

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Pega na tua paleta e mistura todas as tuas cores.
Do resultado, apenas tu, tens a total compreensão.
Se tiveres coragem, pinta-te e assina.
Poderás não ser um artista...mas és tu assumidamente!


(Recuperado do Blogue Vermelho Cor de Alface)


Anátema


83119.jpg (264×191)

Súbito, reapareceu perante os nossos olhos.
Não queríamos acreditar!
Era o reavivar de feridas antigas,
o readmitir que se voltava de novo ao princípio.
Era um Anátema que nenhum de nós queria aceitar.
Sabemos que os factos balançam entre as nossa emoções.
Mas seria que estávamos preparados para semelhante provação?
De novo demos as mãos.
Se o Anátema se extinguiu não creio que em tal acreditemos.
Mas que acreditamos na nossa força, isso, é certo!



(Recuperado do Blogue Vermelho Cor de Alface)

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Decisão

A fim de uniformizar matérias decidi começar a transferir para este blogue imagens e textos 
dispersos por outros e separar definitivamente as áreas de intervenção.
Se acaso virem ou lerem algo de que já tenham conhecimento não se admirem.

sábado, 23 de junho de 2012

Cinco anos

C
Continuam a doer-me os dias...
É duro, Mãe !

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Três quadras para o fado Suplica


Doem-me as palavras que te digo
e sangra-me o peito um grito rouco
tudo quiz, fiz e vi mas não consigo
deixar de pensar que o sonho é louco.

Tive um desejo de asas brancas
rasgando o céu verde mar da esperança
quis dar-te uma bola azul com núvens francas
mas ela move-se rouxa e sem lembrança.

Podes dizer-me que vou partir triste
que as árvores não seivam, apenas sangram
mas se um homem canta sempre resiste
e junta-se aos que lutam e sempre cantam.


Cantado pela 1ª.vez por Nuno Mata no "Tasco Fora de Moda"-Alfama, em 28.06.2012.