Reencontrei-a nuns olhos inocentes
abertos de espanto
num prenúncio de cinzas.
abertos de espanto
num prenúncio de cinzas.
No vazio do espelho
a respiração já não batia as asas
e um pássaro
no parapeito da janela
mudou de cor ao levantar voo.
a respiração já não batia as asas
e um pássaro
no parapeito da janela
mudou de cor ao levantar voo.
Cresceu um poço de silêncio
arrastando sombras
afundando claridades.
Comprendi que de novo
um amanhã se dissipara.
arrastando sombras
afundando claridades.
Comprendi que de novo
um amanhã se dissipara.
Só as flores da vendedeira
mantiveram o viço
porque eram necessárias
para o dia seguinte.
mantiveram o viço
porque eram necessárias
para o dia seguinte.
1 comentário:
É sempre um prazer ler a sua poesia, Miguel...
...bela e extremamente sensível, por entre a simplicidade das imagens criadas.
Um abraço.
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