Bebo
um copo de mágoa
lentamente,
trago a trago
atiçando
esta frágua
como
é pesada esta água
como
é duro o preço pago.
Há
sombras correndo as ruas
que
tenho dentro de mim;
sombras
negras, fazendo suas
essas
ruas tão cruas
de
que não descubro o fim.
Ficarão
no meu sudário
numa
imagem imprecisa
tornado
em relicário
de
um perfeito fadário
desta
vida que me pisa.
Bebo
um copo de mágoa
e espero o fim do rio
como
é pesada esta água
mesmo
ardendo nesta frágua
o
meu corpo fica frio.
Sem comentários:
Enviar um comentário