quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Intempestivo


De uma furna onde
ainda esvoaçam emoções
renasce um tardio rio de lava;

um espanto no entardecer
em que o sol se demora um pouco mais
no aguardar da noite certa.

Já não existem promessas de manhãs
e das tardes só já a recordação;
certo  só o sol que arrefece no horizonte.

Mas tanta cor excita  tanto calor embriaga
e o moroso movimento hipnotiza
e celebra-se a volúptia por o vulcão
ainda não estar extinto.

1 comentário:

Ana Paula Sena disse...

...e vivemos esses dias de tempestade.

Que grande gosto eu tenho, em voltar a ler a poesia do meu amigo Miguel Gomes Coelho!

Um abraço :)